O crescimento acelerado da inteligência artificial exige adaptação profissional e novas habilidades comunicacionais.
Autor resgata memórias afetivas através da poesia intimista de Maria Laura Mendes, nova revelação literária.
Quando eu tinha meus vinte e poucos anos, gostava de andar longas distâncias ouvindo Sony Discman. O aparelhinho sabia de cor o CD que Damien Rice tinha lançado naquela época. O álbum ainda é um escândalo de lindo, muda a rotação da minha terra. Eu fico triste, com vontade de chorar em um palco iluminado e caro.
Uma vez, ao chegar no estágio, uma colega de redação, com muita confiança e com razão de tê-la, tirou meus fones de ouvido e descobriu o que tinha ali. Tocava o trecho de “Eskimo” em que uma soprano irrompe junto à subida da orquestra. Ouvi estas palavras:
—Credo, menino! Não ouve isso, não! Você tem que ouvir um sertanejo!
Não ouço, não. Há dias, gostei da definição, ouvi sobre esse gênero como “aquela coisa abjeta”. Eu ouço MC Bin Laden, mas não ouço sertanejo. Eu ouço Anitta, mas não ouço sertanejo. Billie Eilish, Pabllo Vittar, Mandioquinha e Clarisse, não sertanejo.
Prefiro morrer pedindo um copo d’água a ler Augusto Cury.
A vida me trouxe o texto de uma poetisa que tem a menos da metade da minha idade. E a ela eu entreguei o coração de minha juventude ressentida de amor. Apresentada por Maku Almeida, Maria Laura Mendes. Ela pretende lançar o primeiro livro, neste segundo semestre. E permite este trecho ao Lab Jornalismo 2030.
Curou minhas cicatrizes com sua boca que espumava girassóis
que giravam minha perspectiva de presente- vida ou ...? –
em um pedestal no canto esquerdo de sua estante achou a mim
a viajante do tempo- pelo globo espelhado que balançava com a brisa de primavera-
trazida pela influência de seu planeta, trouxe contigo as mudanças de temperatura que rondavam aquele que ela escolheu.
em sua estação colheu no passado os girassóis de van gogh que foram endereçados a ele (no futuro)
ela sempre soube que pelo prazer se reencontraria
prazer que queima e deixa rastros de suor
prazer que desce vestido
prazer que compõe poesia
prazer que dança com corpos
. ele. a poeta viajante do tempo que te mandou lembranças voltou e a ti clamou a volta
prazer em olhos pretos que incendiavam o nome dela. mary (suspiro)
Leia insights sobre a interação de humanos com modelos de linguagem de IA, e sobre os ODS no Brasil. Lab Educação 2050 Ltda, que mantém este site, é signatária do Pacto Global das Nações Unidas.
O Discman evoca conexões emocionais que moldam a identidade no fluxo tecnológico.
A expressão poética alivia tensões, promovendo saúde mental e laços de empatia.
O crescimento acelerado da inteligência artificial exige adaptação profissional e novas habilidades comunicacionais.
A discussão relacionada aos avanços da inteligência artificial, especialmente quanto aos riscos de substituição do trabalho humano por robôs e ao potencial criativo que pode ofender quem se considera uma espécie de coroa da criação, parece afetada pelo fenômeno da polarização.
Reconheço que esta análise é simplista no que diz respeito aos fatos. De um lado, percebe-se a inquietação causada por uma nova corrida lunar empreendida pelo mercado em busca de prestígio e futura rentabilidade, o que inevitavelmente influencia a pesquisa acadêmica. Se antes a pesquisa era feita com softwares gratuitos, hoje torna-se cada vez mais dependente de recursos pagos. Do outro lado, em uma postura que ignora deliberadamente a cibernética, parte da comunidade intelectual oferece resistência aos avanços do desenvolvimento comunicacional.
Nesse contexto, quem deseja acompanhar efetivamente o progresso tecnológico dos modelos de linguagem como GPT e Gemini precisa encarar uma curva de aprendizagem que certamente tirará seu sossego. Não será surpresa se, em breve, cada indivíduo passar a operar seu próprio modelo linguístico. Serviços como o Vertex AI do Google já possibilitam a criação de robôs altamente personalizados para as mais diversas tarefas.
Contudo, considerando especificamente a língua portuguesa, percebe-se que modelos de linguagem como os mencionados têm pouca habilidade para captar subjetividades e nuances linguísticas. Afinal, se nem mesmo um ser humano é capaz de compreender plenamente o que usuários publicam na internet, que dirá o pobre robô.
Recentemente, enquanto passava de carro pela rua Brigadeiro Franco, em Curitiba, vi cinco funcionários da prefeitura cortando a grama que ladeia o passeio. Um deles segurava o cortador mecânico, enquanto os demais serviam como postes móveis, sustentando uma tela ao redor do jardineiro. Pensei, naquele instante, nos últimos 300 mil anos de evolução humana sintetizados na escassez de suportes móveis, reduzindo a extraordinária máquina corporal humana a um mero suporte de telas.
É preciso reconhecer, portanto, que certas atividades de rotina — como resumos e geração de textos a partir de vídeos ou áudios — devem, obrigatoriamente, utilizar soluções de inteligência artificial. Caso contrário, desperdiça-se a inteligência corporal e emocional de seres humanos em trabalhos nada recompensadores. Somente alguém que já teve de decupar horas de programas de televisão ou rádio teria autoridade para desprezar a ajuda da IA nessas tarefas, embora isso revelasse inclinação ao martírio.
Há uma última reflexão que me parece importante e diz respeito a uma frequente distorção técnica. Não é correto generalizar toda a inteligência artificial tomando como referência exclusiva um modelo de linguagem específico — especialmente suas versões gratuitas. Usar o ChatGPT não é o mesmo que utilizar diretamente o modelo GPT. Da mesma forma, usar o chat do Gemini difere de explorar todas as potencialidades do modelo de linguagem Gemini. A extração máxima do potencial desses sistemas exige uma execução personalizada, sendo justamente esse um dos trabalhos que desenvolvemos no Lab Digital 2050.
Disputa pela Inteligência Artificial Geral aumenta risco de escalada militar e ataques cibernéticos globais.
Um ex-assessor da Casa Branca alertou sobre os potenciais perigos do desenvolvimento da Inteligência Artificial Geral (AGI) e o risco de uma corrida armamentista com a China. Segundo ele, a busca pelo controle da AGI pode levar a conflitos internacionais. Especialistas temem que a China possa reagir agressivamente a uma tentativa dos EUA de monopolizar a tecnologia.
As informações foram publicadas pelo UOL em 9 de março de 2025, no artigo A Inteligência Artificial Geral está chegando? É difícil ter certeza. O artigo cita um documento publicado por especialistas, incluindo o ex-assessor, detalhando as preocupações com a corrida armamentista em IA.
A Inteligência Artificial Geral difere das IAs atuais por sua capacidade de realizar qualquer tarefa intelectual humana. Esse avanço tecnológico representa um potencial salto no desenvolvimento de diversas áreas, mas também traz preocupações sobre seu uso indevido, especialmente em cenários de conflito.
O documento sugere que uma tentativa dos EUA de controlar exclusivamente a AGI poderia provocar uma resposta agressiva da China, como um ataque cibernético em larga escala. Os especialistas argumentam que a competição pela AGI pode desestabilizar as relações internacionais e aumentar a probabilidade de conflitos.
A preocupação reside na possibilidade da AGI ser utilizada para o desenvolvimento de armas autônomas e ciberataques sofisticados, o que poderia escalar rapidamente para um confronto direto. Os especialistas defendem a cooperação internacional para garantir o desenvolvimento seguro e ético da AGI.