Estados do Ego, Estruturação do Tempo e Carícias
Última atualização:
30/4/2025

Como estruturamos o tempo revela padrões de vínculo e busca por reconhecimento

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No contexto da Análise Transacional, Eric Berne dedicou atenção especial ao modo como os seres humanos estruturam o tempo para satisfazer suas necessidades de reconhecimento, segurança e interação. Esse fenômeno é conhecido como "Estruturação Social do Tempo" e reflete diversas maneiras pelas quais as pessoas organizam o próprio dia e se relacionam, tanto consigo mesmas quanto com outras pessoas (BERNE, 1964). Neste capítulo, apresentamos as seis formas clássicas de estruturação do tempo descritas pela teoria e analizamos como elas se manifestam nos ambientes social, clínico e organizacional.

Fundamentos da estruturação do tempo

A Estruturação do Tempo enfoca os padrões de comportamento e comunicação que as pessoas adotam para lidar com as carências de estímulos, de transações e de envolvimento emocional. Para a Análise Transacional, todos os indivíduos buscam, em maior ou menor grau, algum tipo de reconhecimento (carícias). Se esse reconhecimento não surge espontaneamente, a pessoa adota formas de organizar o tempo que garantam alguma interação, seja positiva ou negativa (BERNE, 1961).

As formas clássicas de estruturação estão organizadas em uma sequência que vai do menor nível de envolvimento relacional até o mais profundo. São elas: Retraimento, Rituais, Passatempos, Atividade, Jogos e Intimidade.

As seis formas de estruturar o tempo

Retraimento (withdrawal)

  • Definição: Ocorre quando alguém afasta-se do contato social, seja fisicamente (isolando-se) ou psicologicamente (permanecendo presente, mas não participativo).
  • Função: Evitar situações desconfortáveis, proteger-se de ameaças ou críticas, reduzir o risco de exposição emocional.
  • Exemplo: Alguém que, em uma festa, fica o tempo inteiro checando o celular ou permanece em um canto sem interagir com ninguém (BERNE, 1964).

Rituais (rituals)

  • Definição: Sequências de transações padronizadas, socialmente aceitas, como “bom dia, tudo bem?”, “boa noite” ou cerimônias de cumprimento.
  • Função: Garantir um mínimo de reconhecimento e convívio, cumprindo expectativas sociais.
  • Exemplo: Conversas de corredor no local de trabalho, em que as pessoas trocam frases de cortesia sem aprofundar o contato (BERNE, 1964).

Passatempos (pastimes)

  • Definição: Conversas informais sobre temas pouco pessoais, adotadas para preencher o tempo de forma previsível e agradável.
  • Função: Obter carícias moderadas e criar um clima de pertencimento, sem grandes riscos de proximidade emocional.
  • Exemplo: Falar sobre esportes, comentar o clima ou as últimas tendências de moda, sem ir além de tópicos rotineiros (BERNE, 1964).

Atividade (activities)

  • Definição: Envolve a execução de tarefas e funções concretas, onde a transação é voltada a um objetivo prático.
  • Função: Criar senso de utilidade e realização, além de oferecer carícias com base em resultados.
  • Exemplo: Realizar um projeto em equipe no trabalho, onde as interações são orientadas pela necessidade de concluir metas definidas (BERNE, 1961).

Jogos (games)

  • Definição: Sequências repetitivas de transações com motivações conscientes e inconscientes, que resultam em ganhos psicológicos para os participantes. Em geral, terminam em desfechos desagradáveis ou confirmam roteiros de vida.
  • Função: Obter reconhecimento, atenção ou energias emocionais (mesmo que negativas), validar crenças e scripts arraigados.
  • Exemplo: Uma pessoa que declama constantemente “Você nunca me ajuda!” e provoca o outro a reagir conforme um padrão já estabelecido, reforçando papéis de vítima ou acusador (BERNE, 1964; 1972).

Intimidade (intimacy)

  • Definição: Corresponde ao nível mais autêntico e profundo de interação, em que há confiança, abertura emocional e ausência de jogos.
  • Função: Construir vínculos genuínos, compartilhar inseguranças e afetos livremente, fomentar crescimento e cumplicidade mútua.
  • Exemplo: Dois amigos que se apoiam de maneira franca em momentos difíceis e celebram conquistas sem segundas intenções ou máscaras (BERNE, 1972).

Aplicações da estruturação do tempo

Contexto clínico e psicoterápico

No setting terapêutico, a compreensão dessas formas de estruturação do tempo é essencial para identificar como os pacientes buscam (ou evitam) relações e carícias. Reconhecer o padrão predominante ilumina defesas e resistências. Por exemplo, um paciente que se mantém em Retraimento pode ter medo de julgamento, enquanto outro que só se engaja em Passatempos pode temer a profundidade da Intimidade (BERNE, 1961).

Contexto educacional e organizacional

Professores e líderes podem perceber quando uma sala de aula ou equipe se limita a Rituais e Passatempos e pouco avança na construção de relacionamentos sólidos e colaborativos. Promover atividades conjuntas e debates mais significativos estimula a passagem para níveis de Atividade e Intimidade construtiva. Evita-se também que Jogos dominem o ambiente, reduzindo a eficácia dos processos de ensino ou produtividade (BERNE, 1964).

Desafios relacionais

Muitos conflitos surgem quando uma das partes busca Intimidade, enquanto a outra prefere a superficialidade dos Passatempos, gerando frustrações e mal-entendidos. A análise dessas discrepâncias no modo de estruturar o tempo previne jogos de poder e ressentimentos silenciosos.

Manejo e equilíbrio

A Estruturação Social do Tempo não implica que apenas a Intimidade seja desejável e que todo o resto seja descartável. Cada forma tem sua função. Muitas vezes, adota-se o Retraimento ou Rituais como mecanismos de proteção momentânea.

O fundamental é estar ciente do valor e dos riscos de cada modalidade, buscando alinhar a escolha da forma de interação às reais necessidades emocionais e contextuais (BERNE, 1972).

Considerações finais

Compreender como estruturamos o tempo socialmente, no âmbito da Análise Transacional, possibilita reconhecer padrões de relacionamento e transações cotidianas. Isso, por sua vez, favorece a escolha consciente de caminhos mais satisfatórios e autênticos, seja em ambientes terapêuticos, educacionais ou organizacionais.

Quando há clareza sobre os estágios — de Retraimento até Intimidade —, fica mais fácil avaliar onde se está e em que direção se deseja seguir no processo de interação com as outras pessoas.

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