Pesquisa da UFSC revela que experiência prolongada influencia gestores a optarem por medidas conservadoras.
Método desenvolvido por Eric Berne auxilia pessoas e empresas no desafio de se reinventar encarando suas verdades internas.
Quando Eric Berne tornou a Análise Transacional popular, apresentou, dentre uma porção de novidades teóricas e práticas, a possibilidade de acelerar processos voluntários de mudança. Isto é, diante de uma posição ok para o cliente e ok para o analista, tornar reais intenções de melhoria. Há alguns dias, ouvi de um mentor: “você jamais vai se arrepender de ser amável”. Ou, ainda, de um supervisor: “no fim das contas, fica a relação entre duas pessoas, entre dois seres humanos”.
Mas apesar disso, sessões de Análise Transacional podem e provavelmente vão bagunçar um pouco as coisas antes de ajudar a solucioná-las. Minha perspectiva sobre esse assunto é de que a simples ação de ordenar o pensamento e a ação; o simplíssimo movimento de reposicionar o que é mais ou menos importante; olhar para a divisão de um dia como um retrato de como se está a dividir a vida; esses elementos já dão bastante trabalho. Mexer na ordem das coisas é parecido com bombardear nuvens e provocar chuva. A verdade, essa que nos impulsiona a ser a melhor versão de gente, é uma força da natureza, tal qual a chuva.
Não se pode dialogar com enchentes e desmoronamentos, pedir ao vulcão que espere mais um pouco porque não terminamos de construir a barreira. Não se combina com o vendaval que demore mais um pouco, para que recolhamos as roupas do varal. Não se pode segurar o choro diante da criança yanomami com as costelas famintas à mostra. A verdade tem a índole das tragédias naturais. Ela não pede licença para ser verdade. Ela nos mostra a vida tal qual ela é, o mundo tal qual ele é, mostra você e eu tal qual somos quando estamos sozinhos em nossos caminhos. Aquela treva toda que são os medos do abandono, da agressão, das palavras vis, toda aquela treva que nos faz menos divinos na relação com o próximo, toda aquela escuridão é dissipada pela verdade.
Ao longo da vida, conheci alguns criminosos (do ponto de vista legal). Uma vez, perguntei a um deles: “por que você decidiu ir para a cadeia?”. Ele ficou atento, respondeu que precisava achar essa resposta. Nossa amizade começou naquele momento. A mim não mentem, e eu a eles tampouco. Com isso, estamos protegidos um do outro. A verdade força da natureza muda a paisagem, limpa o “rastro viscoso e sujo que deixaram os semeadores impuros do ódio” (ESCRIVÁ DE BALAGUER, 2019, p. 25).
Quando a verdade se manifesta, sobre ela se pode esperar uma quantidade impressionante chuvas ácidas e trovões, tal qual uma violenta erupção, ou uma sereníssima brisa junto ao voar de um dente de leão. Mas, seja como for, ela ocupará o espaço apropriado e mudará a paisagem de maneira definitiva. Melhorar é encarar essa força, amá-la, fazer novena pedindo que ela venha logo.
Quer saber mais sobre como sessões de Análise Transacional podem ajudar você, sua família e seus negócios a encontrar finalmente o que estão procurando? Se este for realmente seu momento de coragem, agende um horário para falarmos do assunto.
Leia insights sobre a interação de humanos com modelos de linguagem de IA, e sobre os ODS no Brasil. Lab Educação 2050 Ltda, que mantém este site, é signatária do Pacto Global das Nações Unidas.
A mudança online acelera autodescoberta e fortalece o potencial humano.
A análise transacional reduz sofrimentos e favorece a saúde mental coletiva.
Pesquisa da UFSC revela que experiência prolongada influencia gestores a optarem por medidas conservadoras.
Um estudo recente publicado na Revista Turismo, Visão e Ação (RTVA) revelou que gestores mais velhos e com maior tempo de serviço em restaurantes tendem a ser mais avessos ao risco em suas decisões corporativas. A pesquisa, conduzida por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), analisou dados de mais de 2 mil restaurantes na Europa entre 2014 e 2016.
A pesquisa, intitulada "Influência das Características da Equipe de Gestão sobre a Tomada de Decisão de Risco: Evidências do Ramo de Restaurantes", utilizou a base de dados Amadeus e aplicou o método dos mínimos quadrados para analisar a relação entre as características dos gestores – idade, tempo de serviço, gênero e tamanho da equipe – e o nível de alavancagem financeira das empresas, usado como indicador de tomada de risco.
Os resultados mostraram uma correlação negativa significativa entre a idade e o tempo de serviço dos gestores e a propensão ao risco. Gestores mais velhos e aqueles que ocupavam o mesmo cargo há mais tempo demonstraram preferência por decisões mais conservadoras, optando por manter o status quo em vez de adotar estratégias inovadoras ou arriscadas.
Contrariando algumas expectativas, o estudo não encontrou relação significativa entre o tamanho da equipe de gestão ou a participação feminina e a tomada de risco. Embora pesquisas anteriores tenham sugerido uma possível influência desses fatores, os dados analisados não confirmaram essa hipótese no contexto específico da indústria de restaurantes.
Os autores sugerem que a aversão ao risco demonstrada por gestores mais experientes pode estar relacionada à priorização da estabilidade e da reputação construída ao longo da carreira. A familiaridade com o setor e a preocupação em preservar os ganhos obtidos podem levá-los a evitar decisões que representem potenciais ameaças ao negócio.
As descobertas do estudo têm implicações importantes para a gestão de restaurantes. A pesquisa sugere que a composição da equipe gestora pode influenciar diretamente a estratégia e o desempenho das empresas. Restaurantes com gestores mais jovens podem estar mais dispostos a inovar e assumir riscos, enquanto aqueles liderados por gestores mais experientes podem priorizar a estabilidade e a segurança financeira.
Os pesquisadores destacam a necessidade de estudos adicionais para aprofundar a compreensão da relação entre as características dos gestores e a tomada de decisão em restaurantes. A investigação de fatores psicológicos, como a tolerância ao risco individual, e a análise de dados de um período mais amplo poderiam enriquecer a discussão e fornecer insights mais precisos para o setor.
Ausência de atualizações e de contexto em notícias contínuas afeta credibilidade e confiança dos leitores.
Uma suíte jornalística é a continuidade de uma notícia em novas matérias que atualizam as anteriores. Algo como "Duas pessoas ficaram feridas em um acidente"; depois, "Homens que ficaram feridos em acidente fazem cirurgia"; ainda, "Homens que se feriram em acidente recebem alta"; e, ainda, "Empresa responsável por acidente com feridos é multada". Todas essas manchetes fantasiosas têm a ver com um mesmo fato originário.
Não é todo tipo de notícia que merece uma continuidade. Alguns acontecimentos e realizações têm fôlego para uma única aparição. Seja como for, para estar uma ou várias vezes no jornal, a "coisa" tem de ser verdadeiramente uma notícia, o que, basicamente, significa que não é publicidade ou propaganda – mas isso é assunto para outra oportunidade.
Em termos de formato, uma suíte não é nada diferente de uma notícia nova. Até porque só se tem uma continuação quando um novo fato é revelado. Mas é no estilo, pelo que notei, que a marmita das suítes azedou – no sentido de por que perderam o fôlego nos últimos anos.
Vamos tomar por exemplo uma investigação policial. O jornalismo de boa e de má qualidade têm interesse em pautas criminais. Porém, nos dois tipos de qualidade fica um sabor de vício, quem sabe originário do prazer de se "furar" (quando um jornalista é o primeiro em noticiar algo). É uma pressa que mais atrapalha que ajuda: não raro, são apresentadas versões que colaboram com uma história que se quer contar, que pode não ter nada a ver com o que aconteceu de verdade.
No caso de Homem armado ameaça jovem negro em SP, e policial se recusa a agir por estar 'de folga'; veja vídeo, por exemplo. É uma história que rapidamente conquistou a atenção dos jornalistas e do público, porque um vídeo comprova não somente a omissão de uma policial como também a agressão dela contra um jovem. Aqui, não está em discussão se a policial acertou ou errou. Ao mesmo tempo, faltou, pela ausência de suítes, a ampliação do contexto do vídeo de três minutos.
Uma história contada por sua característica intrigante pode render minutos de audiência, e um aumento de visitantes no site. Porém, sem continuidade, é um tiro no pé. Em 2023, o Digital News Report do Reuters Institute identificou que a confiança dos brasileiros no jornalismo é de 43%, uma diminuição de 19 pontos percentuais desde 2015. Estatisticamente, a tendência de queda pode marcar 41% em 2024. Nesse cenário, todos os recursos de inteligência e de integridade são bem-vindos para melhorar esses números.
As suítes são uma oportunidade para garantir ao público que as escolhas de pauta representam, ainda que contramajoritariamente, o compromisso do veículo com uma história contada do começo ao fim, com todas as nuances. Para isso, a linha editorial como um todo, e mais ainda os repórteres e editores, têm de encarar a atividade investigativa com o desprendimento de contar as coisas como elas são, e não como deveriam ser.