Noticiário
5/3/2023

A.dot chega a 120 adoções realizadas no Brasil

Primeiro aplicativo brasileiro para adoção alcança marca histórica, facilitando encontros e formando famílias.

Vinícius Sgarbe
5 min read

O A.dot chega à marca de 120 adoções concretizadas. O número vem do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), na última edição do relatório oficial. O A.dot é o primeiro aplicativo de adoção de crianças e adolescentes do Brasil, lançado em maio de 2018. Por questões burocráticas, como o modelo de notificação emitido pelas comarcas, estima-se que o número possa ser maior.

Disponibilizado para as plataformas iOS e Android, o acesso é restrito para quem está habilitado no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nesta última versão do aplicativo, a verificação é realizada de maneira automatizada, o que custou praticamente todos os recursos financeiros do projeto. Hoje, mais de 12 mil usuários estão autorizados a entrar.

Nos primeiros anos de funcionamento, o TJPR destacou equipes para que a autorização para acessar os perfis tivesse verificação manual. Os envios de códigos individuais foi uma grande dor de cabeça à época, porque, dentre outras razões, a comunicação era feita por e-mail.

Entre 2021 e 2022, o número de solicitações de aproximação, quando um pretendente quer conhecer a criança pessoalmente, teve aumento de 68%, de 138 para 232. Agora em 2023, são realizados 46 estágios de convivência.

O A.dot ficou conhecido nacionalmente em uma edição do Globo Repórter.

Experimentação responsável

Criado como “a última chance” para perfis que fogem do recorrente em solicitações de adoção (pessoas com deficiência e grupos de irmãos, em especial), o projeto encarou revezes. Mesmo internamente, havia a preocupação de que o aplicativo pudesse expor as crianças desnecessariamente. Essa questão foi totalmente superada, e o A.dot ganhou a atenção do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Paraná.

Dois desafios principais estavam em mente, quais sejam a lealdade ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e à Lei Geral de Privacidade de Dados (LGPD). Nesses e em outros casos, o A.dot se mostrou adequado não somente aos requisitos como também respondeu com sucesso em termos de efetivação de adoções.

Grupo de Apoio Adoção Consciente

O aplicativo foi criado em uma parceria do Grupo de Apoio Adoção Consciente com o TJPR. O Grupo também promove a formação para pretendentes de adoção, que é obrigatória para adotantes. Atualmente, essa formação também passa pelo processo de digitalização, com o uso da plataforma Microsoft 365.

IA e objetivos globais

Leia insights sobre a interação de humanos com modelos de linguagem de IA, e sobre os ODS no Brasil. Lab Educação 2050 Ltda, que mantém este site, é signatária do Pacto Global das Nações Unidas.

Adoção digital e desenvolvimento social

Aplicativo A.dot moderniza o sistema e amplia as oportunidades para crianças e adolescentes.

ODS 16: proteção e novas famílias

A ferramenta fortalece instituições e promove o direito de viver em família, reduzindo desigualdades

“AI is not replacing lawyers—it's empowering them. By automating the mundane, enhancing the complex, and democratizing access, AI is paving the way for a legal system that’s faster, fairer, and more future-ready.”

Micheal Sterling
CEO - Founder @ Echo

Improving Access to Justice

The integration of AI into the legal industry is still in its early stages, but the potential is immense. As AI technology continues to evolve. We can expect even more advanced applications, such as:

Law Solutions

Accessible to individuals and small businesses.

Chatbots

Bridging gap by providing affordable solutions.

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Deputado Beto Preto tem até segunda-feira (17) para fechar acordo em processo de improbidade

Ex-secretário de Saúde do Paraná negocia com MP e pode evitar condenação que ameaça direitos políticos.

Tempo previsto
11/4/2025

O deputado federal pelo Paraná Beto Preto (PSD) tem até segunda-feira (17) para aceitar ou recusar um acordo com o Ministério Público (MP). A intimação foi ordenada pela 1ª Vara da Fazenda Pública de Apucarana (PR), relativa a um processo de improbidade administrativa.

Como condição para encerrar o processo, o MP propõe a Preto o ressarcimento de danos, e o pagamento de multa de R$ 25 mil. No processo, a promotoria aponta prejuízo aos cofres públicos causados por pregão fraudado em 2013, no valor de R$ 127.194,43.

Beto Preto comandou a pasta da Saúde no Paraná, durante a pandemia. Foi quando fez o próprio nome para eleição que o levou à Brasília. Ele está atualmente na lista de favoritos do governador Ratinho Júnior para a sucessão ao Palácio Iguaçu. Se condenado por ato de improbidade, pode ter os direitos políticos suspensos.

Entenda o caso

Segundo o Ministério Público, Beto Preto, à época presidente do Consórcio Intermunicipal do Vale do Ivaí (Cisvir), contribuiu para um esquema de fraude em licitações, ao auxiliar uma organização criminosa comandada pelo empresário morto Marcelo Cernescu.

O então presidente homologou um procedimento licitatório sem considerar diversas irregularidades. O esquema envolvia, conforme sustenta o MP, empresas de fachada, e a contratação de serviços considerados desnecessáriosporque deveriam ser prestados diretamente pela administração pública.

Argumentos

Na petição inicial, a promotoria descreve ilegalidades no pregão para a contratação de objeto descrito como “despiciendo [desnecessário], oneroso e flagrantemente ilegal”.

Ademais, os elementos angariados na investigação apontam que, para a consecução dos objetivos escusos, independentemente da municipalidade contratante, empregava-se semelhante modus operandi que consistia na comunhão de esforços entre agentes públicos e empresários do grupo para “montagem” de processos licitatórios para contratação de objeto despiciendo, oneroso e flagrantemente ilegal, cujos atos revestem-se de claros indícios de dissimulação.
—Petição inicial do Ministério Público

Chama atenção

Para o MP, os itens da licitação não justificam a contratação de empresa particular, e se trata de mero artifício “inequivocamente criado para o desvio de dinheiro dos cofres públicos”.

O deputado Beto Preto chegou a ter bens bloqueados, junto aos demais réus. Em razão de alteração na Lei de Improbidade Administrativa aprovada em 2021, o juiz do processo determinou o desbloqueio.

Conheça Jenin de perto, casa dos palestinos mortos por Israel

Microdocumentário revela realidade do campo de refugiados de Jenin, símbolo da resistência palestina na Cisjordânia.

Tempo previsto
11/4/2025

Dez palestinos foram mortos e cem ficaram feridos por militares israelenses em uma das maiores operações em anos contra palestinos no campo de refugiados de Jenin.

Israel ocupa ilegalmente a Cisjordânia, onde fica Jenin, deste 1967. São 56 anos de ocupação ilegal, violando o direito internacional.

Palestinos são o maior grupo de refugiados do mundo. Estão há 75 anos em condição de refúgio no exterior e dentro da própria Palestina, sem o direito de voltar para suas regiões de origem e nem mesmo se locomover em seu próprio país.

Os palestinos têm o direito de resistir à ocupação ilegal, à expulsão de suas casas e à violência crônica a que são submetidos.

Nós, escritora e jornalista Cassiana Pizaia, e analista e jornalista Vinícius Sgarbe, produzimos um microdocumentário sobre Jenin há mais de um ano, após duas viagens ao Oriente Médio.